"E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. 1 João 5:20"

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O FILHO DE DEUS


Capítulo 5. O FILHO DE DEUS

“Vindo, porém a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gálatas 4:4).

No Capítulo 4 - JESUS É DEUS afirmou que Jesus é Deus. Neste V capítulo vamos estudar o outro lado da dual natureza de Cristo--sua humanidade-- e o conceito bíblico do Filho de Deus.
O significado de Jesus Cristo
Antes de chegarmos ao ponto central deste capítulo, vamos explicar brevemente o significado das duas palavras, Jesus e Cristo. Jesus é a versão grega da palavra hebraica Jehoshua, que significa Jeová--Salvador, o Jeová e a salvação. É o nome escolhido por Deus para seu filho-e-o nome através do qual Deus revelou a si mesmo, no Novo testamento. É o nome que o Filho recebeu por herança (Hebreus 1:4). Cristo é o equivalente grego para a palavra hebraica Messias; a, mas as palavras significam "O ungido". Especificamente falando, Cristo é um título, não um nome. Entretanto, nas epístolas e no uso comum hoje em dia, Cristo é usado muitas vezes, como simplesmente outro nome para Jesus, uma vez que Jesus é o Cristo. Em muitos casos, Jesus e Cristo são apenas dois nomes usados indiferentemente para se referir a mesma pessoa sem distinção intencional de significado.
 A Dualidade Da Natureza de Cristo
 Na Bíblia, vemos que Jesus Cristo tinha duas naturezas distintas, de um modo como nenhum outro ser humano jamais teve. Uma natureza é humana ou carnal; a outra é divina ou Espírito. Jesus era completamente homem e completamente Deus. O nome Jesus se refere ao eterno Espírito de Deus (o Pai) habitando na carne. Podemos usar o nome Jesus para descrever uma de suas duas naturezas, ou ambas. Por exemplo, quando dizemos que Jesus morreu na cruz, queremos dizer que sua carne morreu na cruz. Quando dizemos que Jesus vive em nossos corações, queremos dizer que Seu Espírito mora lá.
Abaixo encontramos um quadro comparativo que ilustra o que queremos dizer quando afirmamos que Jesus tem duas naturezas, ou uma dupla natureza.

Lista 8: A Dualidade Da Natureza De Jesus Cristo

Como homem, Jesus

Mas como Deus, Ele:

1
Nasceu como um bebê

(Lucas 2:7)
Existiu desde a eternidade

(Miquéias 5:2; João 1:1 e 2)
2
Cresceu mental, física, espiritual e socialmente
(Lucas 2:52)                                                                                             
Nunca muda
 (Hebreus 13:8)
3
Foi tentado pelo diabo
(Lucas 4:2)
Expulsou demônios
(Mateus 12:38)
4
Teve fome

(Mateus 4:2)
Era o pão da vida  e alimentou milagrosamente multidões

(João 6:35); (Marcos 6:38-44 e 52)
5
.Teve sede
(João 19:28)
Deu água viva
(João 4:14)
6
Cansou-se
João 4:6
Deu descanso
Mateus 11:28
7
Dormido durante a tempestade
Marcos 4:38
Acalmou a tempestade
Marcos 4:39-41
8
Orou
Lucas 22:41
Respondeu às orações
João 14:14
9
Foi açoitado e batido
John 19:1-3
Curou doentes
Mateus 8:16-17; I Peter 2:24
10
Morreu
Marcos 15:37
Ressuscitou seu próprio corpo de entre os mortos
John 2:19-21; 20:9
11
Foi o sacrifício pelos pecados
Hebreus 10:10-12
Perdou pecados
Marcos 2:5-7
12
Não sabia todas as coisas
Marcos 13:32
Sabia todas as coisas
João 21:17
13
Não tinha autoridade
João 5:30
Tinha toda autoridade
Mateus 28:18; Colossenses 2:10
14
Era inferior a Deus
João 14:28
Era igual a Deus
João 5:18
15
Era um servo
Filipenses 2:7-8
Era Rei dos reis
Apocalipse 19:16
Podemos resolver a maior parte das questões a respeito da Divindade se compreendermos apropriadamente a dualidade da natureza de Jesus. Quando lemos uma afirmativa a respeito de Jesus, devemos determinar se ela descreve Jesus como um homem ou como Deus. Além disso, sempre que Jesus fala, nas Escrituras, devemos determinar se Ele está falando como homem ou como Deus. Sempre que vemos uma descrição das duas naturezas, com respeito a Jesus, não devemos pensar em duas pessoas na Divindade, ou dois deuses, mas devemos pensar em Espírito e carne.
Às vezes, é fácil ficar confundido quando a Bíblia descreve Jesus nesses dois diferentes papéis, especialmente quando ela o descreve atuando em ambos os papéis, na mesma história.  Por exemplo: Ele podia dormir, num momento, e acalmar a tempestade no minuto seguinte. Ele podia falar como homem, num momento, e, então, como Deus no momento seguinte. Entretanto, precisamos nos lembrar, sempre, que Jesus é totalmente Deus se não, apenas, um homem ungido.  Ao mesmo tempo, ele era completamente homem, não tinha apenas a aparência de um homem. Ele tinha uma dupla natureza, como  nenhum de nós tem, e não podemos comparar adequadamente nossa existência e experiência com a Dele. O que poderia parecer estranho ou impossível se aplicado a meros seres humanos, o que se torna compreensível quando visto no contexto do único que é tanto Deus completamente quanto completamente homem, ao mesmo tempo.
Doutrinas Históricas a Respeito do Cristo
Através de toda a história da igreja, a dualidade da natureza de Cristo, tem sido vista de muitas maneiras. Vamos estudar esses variados pontos de vista, de modo breve e geral. Para referência e estudo posterior concluímos entre parênteses, vários nomes históricos associados a essas crenças. Para conhecer mais a respeito desses termos e doutrinas, procure qualquer boa obra a respeito da história do dogma, especialmente a história do trinitarianismo e da ciência cristã.
Alguns acreditam que Jesus foi apenas um homem grandemente ungido e usado pelo Espírito (Ebionismo veja também Unitarismo). Esse ponto de vista errônea ignora completamente a natureza de seu Espírito. Outros têm afirmado que Jesus era apenas um ser espiritual (Docetismo, uma doutrina do Cnosticismo). Esse modo de pensar ignora Sua natureza humana. João escreveu que aqueles que negam que Jesus Cristo veio na carne não são de Deus, mas tenho espírito do anticristo (I João 4:2 e 3).
Há Muitas crenças erradas, mesmo entre aqueles que acreditam na dupla natureza de Jesus Cristo. Alguns tentam fazer distinção entre Jesus e Cristo dizendo que Cristo era um ser divino que habitou temporariamente em Jesus a partir do seu batismo, mas se apartando do homem Jesus na ocasião de sua morte (doutrina do Gnosticismo). De modo semelhante, alguns dizem que Jesus era um homem que se tornou o Deus apenas a partir de determinado ponto de sua vida adulta--por exemplo, no batismo--como resultado de um ato de adoção por parte de Deus (monarquianismo dinâmico, Adocionismo). Em outras palavras; e esses pontos de vista afirmam que Jesus era humano e que foi, eventualmente, dei ficado. Outros vêem Jesus como uma divindade criada, uma divindade como o pai, mas inferior ao pai, um semi-deus (Arianismo). Outros, ainda, acreditam que Jesus tem a mesma essência do pai, embora não seja o pai, mais subordinado ao pai em divindade. (Subordinacionismo).
Refutamos essas falsas doutrinas no Capítulo 4 - JESUS É DEUS usando referências das escrituras. Lá, observamos que Jesus é totalmente Deus (como demonstra colossenses 2:9) e que Jesus era completamente Deus desde o começo de sua existência humana (como fica demonstrado por seu nascimento de uma virgem, em Lucas 1:35).

O Espírito inspira João e Paulo a refutarem muitas dessas doutrinas errôneas, particularmente as crenças gnósticas de que Cristo era apenas um ser espiritual e de que Cristo era um ser inferior ao Deus supremo. Entre outras coisas, os gnósticos criam que toda a matéria era má. Portanto, eles raciocinavam, Cristo, como um Espírito divino, não poderia ter um corpo humano real. Sustentando que o Deus supremo era tão transcendental e santo que não poderia manter contato direto com o mundo depravado da matéria, eles ensinavam que de Deus partir uma série de emanação, uma das quais o ser-espiritual Cristo, que veio a este mundo. O livro de Colossenses refuta essas doutrinas e estabelece que Jesus é o Deus todo-poderoso encarnado.
Apesar de a Bíblia ser clara ao enfatizar tanto a completa divindade quanto à completa humanidade de Jesus, ela não descrevem em pormenores como essas duas naturezas estão unidos na pessoa única de Jesus Cristos. Isso, também, tem sido objeto de muita especulação e debate. Talvez haja espaço para pontos de vista diferentes a esse respeito, uma vez que a Bíblia não se ocupa de ele diretamente. Na verdade, se há algum mistério a respeito da divindade, esse será determinar precisamente como Deus se manifestou em carne (veja I Timóteo 3:16). O estudo da natureza ou a natureza de Cristo é chamado de Cristologia.
Apesar de a Bíblia ser clara ao enfatizar tanto a completa divindade quanto à completa humanidade de Jesus, ela não descrevem em pormenores como essas duas naturezas estão unidos na pessoa única de Jesus Cristos. Isso, também, tem sido objeto de muita especulação e debate. Talvez haja espaço para pontos de vista diferentes a esse respeito, uma vez que a Bíblia não se ocupa de ele diretamente. Na verdade, se há algum mistério a respeito da divindade, esse será determinar precisamente como Deus se manifestou em carne (veja I Timóteo 3:16). O estudo da natureza ou a natureza de Cristo é chamado de Cristologia. [14]
Muitos teólogos, no entanto, inclusive Martinho Lutero, tem ensinado que Nestório, o principal expoente dessa doutrina, não acreditava numa separação tão drástica, mas que seus oponentes distorceram e deturparam suas opiniões. Aparentemente, ele negou que dividisse Cristo em duas pessoas. O conceito principal expresso por Nestório, era o seguinte: ele pretendia diferenciar as duas naturezas de Cristo, a fim de que ninguém pudesse chamar Maria de mãe de Deus, como era prática comum naqueles dias.
No outro ponto de vista, dentro da Cristologia, afirma que o aspecto humano e divino de Cristo era tão intermeadas que havia apenas uma natureza dominante e esta é divina (Monofisismo). Uma crença semelhante que a que afirma que Jesus não tinha duas  vontades, mas apenas uma vontade divina- humana. outros acreditam que Jesus tinha uma natureza humana incompleta (Apolinarianismo); isto é, Jesus tinha um corpo humano e alma, mas em vez de um espírito humano, ele tinha apenas espírito de Deus habitando nele. Outros modos de manifestar essa crença afirmam que Jesus era um corpo humano animado apenas pelo Espírito de Deus, ou que Jesus não tinha mente humana, mas, apenas, a mente divina (o logos).
De um lado temos  um ponto de vista que enfatiza a separação entre as duas naturezas de Cristo. De outro lado, temos várias opiniões que descrevem uma natureza divina, totalmente dominante, natureza totalmente unificada, ou uma natureza humana e incompleta.
Jesus Tinha Uma Natureza Humana Completa, Mas Sem Pecados
A verdade pode estar entre esses vários pontos de vista expressos pelos teólogos. O ensinamento das escrituras é que Jesus tinha uma natureza humana completa e, ao mesmo tempo, uma natureza divina completa, mas não podemos separar essas duas naturezas em sua vida terrena. E evidente que Jesus tinha vontade, mente, espírito, alma e corpo humanos, mas é igualmente evidente que Ele tinha a plenitude  da Divindade residindo naquele corpo. De nosso ponto de vista finito, seu espírito humana e seu espírito divino eram inseparáveis
O Espírito divino poderia ser separado do humano pela morte, mas Sua humanidade era mais que um corpo humano -- um invólucro humano -- com Deus dentro, Ele era humano em corpo, alma e espírito, com a plenitude do Espírito de Deus habitando naquele corpo, alma e espírito. Jesus diferia de um outro ser humano comum (que pode estar pleno do Espírito de Deus) no fato de que Ele tinha toda a natureza de Deus dentro dele. Ele possuía o poder ilimitado, a autoridade o caráter de Deus. Além disso, em contraste com alguém nascido de novo, e pleno do Espírito, o Espírito de Deus estava inextrincável e inseparável mente ligado à humanidade de Jesus. Sem o espírito de deus teria existido apenas um ser humano inanimado, sem vida, que não teria sido Jesus Cristo. Somente nesses termos podemos descrever e distinguir as duas naturezas de Jesus; sabemos que ele agia e falava em um papel, ou outro, mas sabemos, também, que as duas naturezas não estavam realmente separadas nele. Com nossas mentes limitadas podemos fazer apenas uma distinção, não há uma separação das duas naturezas que se fundiam, perfeitamente, nele.
Embora Jesus tivesse uma natureza humana completa, ele não tinha a natureza pecadora da humanidade decaída. Se ele tivesse tido uma natureza pecadora, ele teria pecado. Sabemos, no entanto, que não teve nem uma natureza pecadora nem cometeu pecado. Ele era sem pecado, ele não pecou, e o pecado não estava nele (Hebreus 4:15; I Pedro 2:22; I João 3:5). Não tendo pai humano ele não herdou natureza pecaminosa  de Adão. Em vez disso, ele veio como o segundo Adão, com natureza inocente como a de Adão antes do pecado (romanos 5:12-21; I Corintios 15:45 a 49). Jesus tinha uma natureza humana completa, mas sem pecado
A Bíblia afirma que Jesus tinha vontade humana e vontade Divina. Ele orou ao pai, dizendo: "Não se faça a minha vontade, e sim, a tua" (Lucas 22:42). João 6:38 mostra a existência de duas vontades: ele veio não para fazer sua própria vontade (vontade humana), mas para fazer a vontade do pai (a vontade divina).
Que Jesus tinha um espírito humano parece evidente, quando ele falou, na cruz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu Espírito!" (Lucas no 23:46). Embora seja difícil distinguir entre as naturezas humana e divina de seu espírito, algumas referências aparentemente enfocam um aspecto humano. Por exemplo, "Jesus, porém, arrancou do íntimo do seu espírito um gemido" (Marcos 8:2), "Crescia o menino... enchendo-se de sabedoria" (Lucas 2:40), "Exultou Jesus no Espírito Santo" (Lucas 10:21), "Agitou-se no espírito" (João 11:33) e "Angustiou-se Jesus em Espírito" (João 13:21).
Jesus tinha alma, porque ele disse: "A minha alma está profundamente triste até a morte" (Mateus 26:38; veja marcos 14:34 é) e "Agora está angustiada a minha alma" (João 12:27). Após sua morte, sua alma visitou o inferno (do grego Hades -- sepultura o lugar das almas que partiram), como acontecia com todas as almas antes do calvário (Atos 2:27-30); mas ele venceu o inferno (outra vez, Hades) e a morte (Apocalipse 1:18).
A alma de Jesus tinha que estar inseparavelmente ligada ao Espírito divino de Jesus. De outro modo, Jesus teria vivido como homem, mesmo com o Espírito eterno afastado dele. Isso não aconteceu, nem podia ter acontecido, tendo em vista que Jesus é Deus tornado conhecido na carne. Sabemos que Jesus, como Deus, nunca muda (Hebreus 13:8).
A alma de Jesus tinha que estar inseparavelmente ligada ao Espírito divino de Jesus. De outro modo, Jesus teria vivido como homem, mesmo com o Espírito eterno afastado dele. Isso não aconteceu, nem podia ter acontecido, tendo em vista que Jesus é Deus tornado conhecido na carne. Sabemos que Jesus, como Deus, nunca muda (Hebreus 13:8).
Se não aceitarmos o fato de que Jesus era completamente humano, então as passagens das escrituras referentes à sua tentação perdem o sentido (Mateus 4:1-18; Hebreus 2:16-18; 4:14-16). Assim também a descrição de sua luta e a agonia no Getsêmani (Lucas 22:39-44). Duas passagens em Aos Hebreus destacam o fato de que Jesus foi tentado como somos, ele se qualifica como o nosso sumo sacerdote, nos entende perfeitamente, e nos ajuda em nossas enfermidades: “convinha que em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos" (Hebreus 2:17) ; "Porque não temos um sumo sacerdote que não possa comparecer-se das nossas fraquezas, antes foi ele tentado em todas as coisas, a nossa semelhança, mas sem pecado (Hebreus 4:15). Hebreus 5:7 e 8, diz:” Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte, e tendo sido ouvido por causa da sua piedade, embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu “. Esses versículos não apresentam o retrato de alguém que não tenha sido afetado  pelas emoções, temores e dúvidas. Descrevem, antes, alguém sofrendo essas fraquezas humanas; ele teve que superar a vontade humana e se submeter ao Espírito eterno”.
A humanidade de Cristo orou, chorou, aprendeu a obedecer, e sofreu. A natureza divina estava no controle e Deus era fiel a seu próprio plano, mas a natureza humana tinha que buscar auxílio novo Espírito e, aprender a obedecer ao plano divino. Todos esses versículos das escrituras, com certeza, mostram que Jesus era completamente humano-- que ele tinha todos os atributos da humanidade  exceto a natureza pecadora herdada por ocasião da queda. Se negar amos a humanidade de Jesus, que encontraremos em choque com o conceito de redenção e expiação. Não sendo completamente humano, poderia ser o sacrifício suficiente para redimir a humanidade? Poderia ele nos servir de verdadeiro substituto da morte? Poderia ele, realmente, se qualificar como nosso redentor?
Jesus podia pecar?
A afirmação de que Jesus era perfeito em humanidade, nos leva a questão: Jesus podia pecar? Essa é, realmente, uma pergunta abstrata e enganosa, pois sabemos que Jesus não pecou (Hebreus 4:15). A resposta é mais acadêmica que prática, mais especulativa que consistente. Em sua humanidade, Jesus foi tentado por Satanás e lutou contra sua própria vontade, no Getsêmani. Embora não tivesse nossa natureza depravada-ele tinha a mesma natureza inocente sem pecado de Adão, originalmente-ele tinha a mesma capacidade de ir contra a vontade de Deus, como a tinham Adão e Eva .
A parte divina de Jesus, certamente, não podia pecar e nem mesmo ser tentada a pecar (Tiago 1:13) . A parte humana de Jesus, quando vista sozinha, tinha, teoricamente, a capacidade de pecar. Mas isso é apenas teórico, não o real. Vista sozinha, parece que a humanidade de Cristo tinha capacidade para optar pelo pecado. Entretanto, sua natureza humana estava sempre voluntariamente submissa à natureza divina, à qual não poderia pecar. Assim, de modo prático Jesus Cristo-visto como a combinação da humanidade e divindade que ele era -- não podia pecar. O espírito estava sempre no controle e à humanidade controlada pelo espírito não comete o pecado (veja I JOÃO 3:9, para uma analogia).
O que teria acontecido se a humanidade de Jesus estivesse rebelada contra a liderança divina? Essa é outra questão totalmente teórica, porque tal coisa não aconteceu e, na prática, não pode acontecer. Essa questão não leva em conta a presciência e o poder de Deus. Ainda assim, se alguém insiste em obter uma resposta, podemos dizer que se a humanidade de Jesus tivesse tentado pecar (uma suposição tola), 0 Espírito divino de Jesus teria se separado  imediatamente do corpo humano, deixando-o  sem vida. Esse corpo inanimado não seria Jesus Cristo, portanto tecnicamente, Cristo não poderia ter pecado, embora o plano de Deus tivesse sido temporariamente frustrado.
Uma vez que Jesus não poderia ter pecado,  isso significa que as tentações foram sem valor? Não. Sendo Jesus, também, completamente humano ele era realmente capaz de sentir a força e a atração da tentação. Ele venceu a tentação, não como o próprio Deus, mas como ser humano com todo o poder de Deus à sua disposição. Ele sabe, agora, por experiência, o que sentimos quando somos tentados. Naturalmente, ele sabia que seria vitorioso pelo espírito, mas nós podemos ter a mesma segurança, poder e Vitória, confiando no mesmo Espírito que estava em Cristo.
Então, porque Satanás tentou Jesus? Aparentemente, ele não sabia que Jesus seria vitorioso, inevitavelmente, e não compreendeu, naquela hora, todo o mistério do Deus encarnado. Se tivesse compreendido, jamais teria incitado o povo à crucificação.Talvez ele pensasse ter destruído o plano de Deus, com a crucificação, mas, em vez disso ele realmente o cumpriu. É, também,  provável que o Espírito de Deus tenha permitido que Satanás tentasse Jesus para que Jesus pudesse sentir a tentação, como nós a sentimos. Foi-nos dito que o Espírito levou Jesus ao deserto para que fosse tentado (Mateus 4:1; Lucas 4:1).
Vamos apresentar algumas considerações a esse respeito para aqueles que entendem que nossa posição deprecia, de algum modo, a realidade das tentações de Cristo. Sabemos que Jesus não tinha uma natureza pecaminosa. Sabemos que ele não tinha a inclinação e a compulsão para pecar que temos por causa da nossa natureza decaída. Ainda assim, esses fatos não desmerecem  a realidade da aquilo que ele experimentou. Ele vivenciou a mesma luta que temos vivenciado. Do mesmo modo, fato de que, como Deus, Jesus não poderia ter pecado não tira o mérito  da realidade de suas tentações: ele sentiu as mesmas lutas e provações que nós sentimos. Por outro lado, se dissemos que Jesus podia pecar estamos desmerecendo sua divindade absoluta, porque estaremos indicando que, de alguma maneira, Deus existe separado de Jesus e vice-versa.
 Concluímos que a natureza humana de Jesus podia ser, e foi, tentada. Uma vez que a divina natureza estava no controle, entretanto, Jesus não podia pecar e nem pecou. Se Jesus tivesse uma natureza humana incompleta, a realidade e o significado das tentações e da agonia no Getsêmani seriam reduzidos. Acreditamos que ele tinha, realmente, uma natureza humana completa. Ele experimentou exatamente, aquilo que o homem experimenta quando é tentado e luta contra  a tentação. O fato de Jesus saber que venceria pelo Espírito, não diminui o valor da realidade das tentações.
 A questão toda, sobre se Jesus poderia ou não pecar, é abstrata como já observamos antes. Ela se esgota na afirmativa de que a natureza humana de Jesus era como a nossa em todos os pontos, exceto quanto ao assunto do pecado original. Ele foi tentado em tudo, como nós, e, ainda assim, o espírito de Deus, esteve sempre controlando tudo. O fato mais relevante para nós, é que ele foi tentado, e, mesmo assim, não pecou.
O Filho Na Terminologia Bíblica 
Devemos considerar a dualidade da natureza de Cristo enquadrada na estrutura da terminologia bíblica. O termo Pai se refere a Deus mesmo -- Deus em toda  a sua divindade. Quando falamos do eterno Espírito de Deus, queremos falar de Deus mesmo, o Pai. Deus Pai, portanto, é um termo bíblico perfeitamente aceitável para se usar para Deus (Tito 1:4). A Bíblia, no entanto, não usa nem uma só vez o termo "DEUS FILHO". Não é um termo correto porque filho de Deus se refere à humanidade de Jesus Cristo. A Bíblia define o Filho de Deus como a criança nascida de Maria, não como o Eterno Espírito de Deus (Lucas 1:35). Filho de Deus pode se referir apenas a natureza humana ou pode se referir ao Deus manifestado em carne -- o que significa divindade na natureza humana.
Filho de Deus nunca significa o incorpóreo Espírito, sozinho, entretanto. Não podemos, jamais, usar o termo "FILHO", corretamente, separado da humanidade de Jesus Cristo. Os termos "FILHO de DEUS", "FILHO do HOMEM" e "FILHO", são apropriados e bíblicos. No entanto, o termo "Deus FILHO", não é apropriado porque, iguala o filho com a divindade única, e está, portanto em desacordo com as escrituras.
O filho de Deus não é uma pessoa separada da divindade, mas é a expressão física do único Deus. O filho  é "Imagem do Deus invisível" (Colossenses 1:13-15) e "A expressão exata do seu ser (Deus)" (Hebreus 1:2 e 3), como um carimbo deixa no papel uma assinatura exatamente igual, ou como um sinete marca o lacre com a impressão exata, quando pressionado contra a cera, assim o Filho de Deus é a expressão exata do Espírito de Deus, na carne. O homem não podia ver o Deus invisível, assim Deus fez uma semelhança exata de si mesmo na carne, imprimiu sua verdadeira natureza na carne, veio ele mesmo na carne, para que o homem pudesse vê-lo e conhecê-lo.
Muitos outros versículos das escrituras revelam que podemos usar o termo "Filho de DEUS", corretamente, apenas quando ele inclui a humanidade a Jesus. Por exemplo, o Filho nasceu de uma mulher (Gálatas 4:4), o Filho era unigênito (João 3:16), o Filho nasceu (Mateus 1:21-23; Lucas 1:35), o Filho não sabia quando aconteceria a segunda vinda  (Marcos 13:32), o Filho não podia fazer nada de si mesmo (João 5:19), o Filho comia e bebia (Mateus 11:19), o Filho sofreu (Mateus 7:12), uma pessoa pode blasfemar contra o Filho e ser perdoada, mas não contra o Espírito (Lucas 12:10), o Filho foi crucificado (João 13:14; 12:30-34) e o Filho morreu (Mateus 27:40-54; Romanos 5:10). A morte de Jesus é um exemplo particularmente bom. Seu Espírito divino não morreu mas seu corpo humano morreu. Não podemos dizer que Deus morreu, portanto, não podemos dizer que "DEUS FILHO" morreu. Por outro lado, podemos dizer que o Filho de Deus morreu,  que Filho se refere à humanidade.
 Como ficou afirmado acima, "FILHO" nem sempre se refere apenas à humanidade, mas a divindade e humanidade juntas, como existem na única pessoa de Cristo. Por exemplo, o Filho tem poder para perdoar pecados (Mateus 9:6). O Filho estava no céu e na terra, ao mesmo tempo (João 3:13), o Filho subiu ao céu (João 6 : 62), e o Filho vai voltar, em glória, para julgar e governar (Mateus 25:31).
Filho De Deus
Uma observação deve ser acrescentada a nossa discussão a respeito da expressão "DEUS FILHO". Em João 1:18 a versão King James usa a frase, "O filho unigênito" e a versão RSV diz "O único Filho". Entretanto, a NIV diz "Deus o único Filho", e a TAB". Essas duas últimas versões são baseadas em variadas leituras de alguns textos gregos. Não acreditamos que estejam corretas. Se pudéssemos justificar o uso da expressão "DEUS FILHO", de algum modo seria para destacar, como temos feito, que "Filho de Deus",pode significar não apenas à humanidade de Jesus mas também, a divindade enquanto habitando a humanidade. Entretanto, João 1: 18  FILHO para se referir à humanidade, porque ele disse que o Pai a divindades de Jesus) é revelado pelo Filho. Esse versículo das escrituras não significa que Deus é revelado por Deus, mas que Deus é revelado na carne através da humanidade do Filho.
Qual é o significado do título "FILHO DE DEUS?” Ele enfatiza a natureza divina de Jesus e o fato de ter nascido de uma virgem. Ele é o Filho de Deus porque ele foi concebido pelo Espírito de Deus, o que tornou Deus, literalmente, seu Pai (Lucas 12. 35). Quando Pedro confessou que Jesus era "O Cristo, o Filho de Deus vivo", reconheceu o papel messiânico e a divindade de Jesus (Mateus 16: 16). Os judeus compreenderam o que Jesus queria dizer quando chamava a si próprio de Filho de Deus e quando chamava Deus seu pai, porque tentaram matá-lo por afirmar ser Deus (João 5: 18; 10: 33). Resumindo: o título "Filho de Deus" reconhece a humanidade e chama a atenção para a divindade de Jesus. Ele significa que DEUS manifestou a si mesmo na carne.
Devemos notar que os anjos são chamados filhos de Deus (38: 7) por que Deus os criou diretamente. Do mesmo modo, Adão era o filho de Deus pela criação (Lucas 3:38). Os santos (membros da igreja de Deus) também são filhos de Deus, porque ele nos adotou em seu parentesco (Romanos 8:18 a 19). Somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, tendo todos os direitos de filiação. Jesus, entretanto, é o Filho de Deu no sentido em que nenhum outro ser ou é ou pode ser, porque Jesus é o unigênito Filho de Deus (João 3:16). Ele é o único jamais concebido ou gerado pelo Espírito de Deus. Assim a sua filiação única atesta sua divindade.
Filho de Homem
O termo "FILHO do HOMEM" chama a atenção primeiramente para a humanidade de Jesus Cristo; ele faz alusão ao fato de que ele é o rebento da humanidade. O Velho Testamento usa essa expressão, muitas vezes para se referir à humanidade. Os seguintes versículos das escrituras, por exemplo, o usa para significar a humanidade em geral, ou qualquer homem, sem identificação específica: Salmos 146:3; Isaías 51:12; Jeremias 49:18 (o Salmo 8:4 tem o significado suficiente que se refere profeticamente ao Messias, como é mostrado em Hebreus 6 e 7).
O termo “FILHO do HOMEM" se refere, também muitas vezes, a um homem específico, especialmente em Ezequiel, onde ele designa o profeta (Ezequiel 2:1, 3,6,8; Daniel 8:17). Em alguns versículos das escrituras ele a indica um homem a quem Deus deu soberania e poder (Salmos 80:17; Daniel 7:13). Esses últimos significados aparecem freqüentemente na literatura apocalíptica judaica do período intertestamental.[15]
Jesus usou o termo “FILHO do HOMEM" referindo-se a si mesmo, muitas vezes. Na maior parte das ocasiões, ele o usou como sinônimo de que "Eu" ou como um título, dando ênfase à sua humanidade. Em alguns exemplos, a expressão implica não simples fato de sua humanidade, bem como o poder e a autoridade outorgada ao Filho pelo eterno Espírito de Deus (Mateus 24:30; 25:32). Para resumir: Jesus abordou o título, com suas conotações de poder e de soberano do mundo, mas aplicou-o a si mesmo em todas as situações. O título serve para nos lembrar que Jesus era, realmente, um homem.apenas o
O Verbo
Discutimos o conceito do Verbo no Chapter 4 - JESUS IS GOD. vamos no entanto, olhar novamente para esse termo, a fim de distingui-lo, no uso, do termo Filho, o Verbo ou Logos pode significar o plano ou pensamento, como ele existia na mente de Deus. Esse pensamento era um plano predestinado -- um acontecimento futuro absolutamente certo e -- e, portanto, tinha  uma realidade ligada a ele que nenhum pensamento humano poderia jamais possuir. O verbo pode, também significar o plano ou pensamento de Deus enquanto expresso na carne, quer dizer no Filho. Qual é a diferença, portanto, entre os dois termos, VERBO e FILHO. O verbo tinha preexistência e o Verbo era Deus (O Pai), assim, podemos usá-lo sem nos referir à humanidade. Entretanto, o Filho se refere sempre a encarnação e não podemos usá-lo na ausência do elemento humano. Exceto como um plano preestabelecido na mente de Deus, o Filho não tinha pré-existência antes da concepção no ventre de Maria. O Filho de Deus preexistia em pensamento, mas não em substância. A Bíblia chama de Verbo, esse plano preestabelecido. (João 01:1 e 14).
Filho Unigênito Ou o Filho Eterno?
João 3:16 chama Jesus de Filho unigênito de Deus. Muitas pessoas, entretanto, usam a expressão "FILHO Eterno". Esta expressão é correta? Não. A Bíblia não a usa nunca e  ela expressa um conceito desmentido pelas Escrituras. A palavra gênito vem do verbo gerar, que significa "Procriar, da existência, ser o pai". Desse modo, genito, indica um momento definido no tempo -- o instante quando a concepção se deu. Por definição, o genitor (pai) sempre existe antes do gerado (rebento). Deve haver um tempo quando o genitor  existe e o gerado ainda não tenha existência, e deve haver um instante no tempo quando o ato de geração ocorre. De outro modo a palavra unigênito não tem sentido. Assim, as próprias palavras gênito e filho contradizem, cada uma, palavra eterno quando aplicada ao Filho de Deus.
Já discutimos que "FILHO DE DEUS", se refere à humanidade de Jesus. Está claro que a humanidade de Jesus não é eterna, mas nasceu em Belém. Só podemos falar de eternidade-passado, presente e futuro-com referência a Deus. Uma vez que "FILHO de DEUS" se refere a uma humanidade ou divindade enquanto manifestada em carne, a idéia de um Filho eterno se torna incompreensível. O filho de Deus teve um começo.
O Começo Do Filho
A filiação -- ou o papel de filho -- o que começou com a concepção da criança no ventre de Maria. As escrituras deixam isso completamente claro.Gálata 4:4 diz: "Vendo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu filho, nascido de mulher, nascido sob a lei". O filho veio na plenitude do tempo -- não na eternidade passada. O filho foi nascido de mulher e-não gerado eternamente  o filho foi nascido sob a lei-não antes da lei (veja, também, Hebreus 7:28). O termo unigênito se refere a concepção de Jesus, descrita em Mateus 1:18-20 e Lucas 1:35. O filho de Deus foi gerado quando o Espírito Santo, miraculosamente, fez com que acontecesse a concepção no ventre de Maria. Isso fica evidente no próprio significado da palavra unigênito de, também, do relato de Lucas 1:35, que explica que, porque o Espírito Santo envolveria Maria com sua sombra, por isso, sua criança seria filho o de Deus. Devemos observar o tempo futuro do verbo nessa frase: "O ente santo que há de nascer, será chamado Filho de Deus".
 Hebreus 1:5-6 revela também que a geração do filho ocorreu em um determinado instante do tempo em que o filho teve um começo no tempo: "Pois a qual dos anjos disse jamais: tu és meu filho, eu hoje te gerei? E outra vez: eu lhe serei pai, e ele me será filho? E, novamente, ao introduzir o primogênito no mundo, diz: e todos os anjos de Deus o adorem". Desses versículos,  podemos concluir o seguinte: o Filho foi gerado em um determinado dia, no tempo; houve um tempo quando Filho não existia;  Deus profetizou a respeito da futura existência do Filho ("Será"); e Deus trouxe o Filho ao mundo algum tempo após a criação dos anjos.
Outros versículos das escrituras  enfatizam o fato de que o Filho foi gerado num determinado dia do tempo -- "Eu hoje te gerei" (Salmos 2:7; Atos 13:33). (Todos versículos do Velho Testamento que mencionam o Filho são claramente proféticos, prevendo o dia quando o Filho de Deus seria gerado Salmos 2:7 e 12; Isaías 7:14; 9:6).  (Como estudamos no Capítulo 2 – A NATUREZA DE DEUS, Daniel 3:25 se refere a um anjo. Mesmo se de fato descrevesse  uma teofanía de Deus, não poderia significar o então inexistente corpo de Jesus Cristo).
 A partir desses versículos, fica fácil ver que o Filho não é eterno, mas foi gerada por Deus a mais de 2000 anos atrás. Muitos teólogos que não tem aceitado completamente a grande verdade da unicidade de Deus, tem ainda, rejeitado a doutrina do "FILHO ETERNO", como  auto contraditória, em desacordo com as escrituras e falsa. São exemplos: Tertuliano (pai da doutrina do trinitarianismo, na história da igreja primitiva), Adam Clarke (o conhecido comentarista bíblico), e Finis Dake (anotador  da Bíblia pentecostal, que é essencialmente triteistico).
O Término Da Filiação
A Filiação não apenas teve um começo, mas terá, em pelo menos sentido, um fim. Isso se torna evidente a partir de I Corintios  15: 23-28 particular o verso 24, que diz: "E então virá o fim, quando Ele (Cristo entregar o Reino ao Deus e Pai...” o versículo 28 diz: "Quando porém, todas as cousas lhe estiverem sujeitas, então o próprio filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos". Esse versículo das escrituras se torna  inexplicável se pensarmos em um " Deus filho" equiparado e co-eterno com Deus Pai. Mas ele se torna facilmente explicável se nos dermos conta de que "Filho de Deus" se refere a um papel específico que Deus assumiu temporariamente com o propósito de redenção. Quando as razões da filiação deixarem de existir Deus (Jesus) deixará de assumir seu papel de Filho e a filiação será, outra vez, absorvida pela grandeza de Deus, que retornará a seu papel original como Pai, criador e  soberano de tudo. Efésios 5:27 descreve essa mesma cena em termos diferentes: "Para apresentar a si mesmo (Cristo) igreja gloriosa...”, Jesus  apresentará a igreja a si mesmo! Como pode ser isso à luz de I Corintios 15:24, que descreve o filho apresentando o reino ao Pai? A resposta é clara: Jesus em seu papel de filho, e como seu ato final como filho, apresentará a igreja a si mesmo em seu papel de Deus Pai”.
Encontramos, ainda, outra indicação de que a Filiação terá  um fim. Em atos 2:34 e 35. Pedro citou Davi no salmo 110:1: "Disse o Senhor ao meu Senhor: assenta ti à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés". Devemos notar a palavra até. Essa passagem descreve a natureza dual de Cristo, com o Espírito de Deus (o senhor) falando profeticamente a manifestação  humana de Cristo (o Senhor). A mão direita de Deus representa o poder e autoridade de Deus. Fazer dos inimigos estrado para os pés significa derrotar completamente o inimigo e tornar bem clara essa derrota. Nos tempos antigos, o vitorioso, muitas vezes, fazia isso literalmente, pisando sobre a cabeça o pescoço de seus inimigos (Josué 10:24). Portanto, a profecia de Salmos 110 é a seguinte: o Espírito de Deus dará poder e autoridade ao homem Cristo Jesus, o Filho de Deus, até que o Filho tenha conquistado completamente os inimigos, o pecado e o mal. O Filho  terá poder até que faça isso. O que acontece ao Filho depois disso? Isso significa que uma pessoa terna da trindade deixará de estar assentada à direita de Deus e perderá todo o poder? Não. Isso significa simplesmente que o papel do Filho como soberano cessará. Deus usará seu papel como Filho -- Deus manifestado em carne -- para vencer Satanás, cumprindo assim, Gênesis 3:15  onde Deus afirmou que a semente da mulher  esmagaria  a cabeça do mal. Depois disso, Deus não precisará mais do papel humano para governar.
Depois que satanás for lançado no lago de fogo, e todo o pecado for julgado no último juízo (Apocalipse 20), não mais será necessário que o Filho use o trono do poder. Jesus Cristo deixará de atuar em sua Filiação e será Deus para sempre.
Isso significa que Deus deixará de usar o corpo ressurreto e glorificado de Cristo? Acreditamos que Jesus continuará a usar seu corpo glorificado por toda a eternidade. Isso está indicado em Apocalipse 22:3 e 4, que descreve um Deus visível mesmo após o último dos juízos e após a criação do novo céu e da nova terra: "Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela  estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face, e nas suas frontes estará o nome dele". Jesus é sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquesedeque (Hebreus 7:21), mesmo que ele deixe de atuar em seu papel de sacerdote, após o último julgamento. O corpo humano glorificado do Senhor é imortal, assim como serão imortais os nossos corpos (I João 3:2; I Corintios 15:50-54). Embora o corpo glorificado de Cristo continue a existir, todas as razões para o reinado da filiação terão deixado de existir e todos os papéis atuados pelo Filho e estarão cumpridos. Mesmo o Filho será colocado sobre  sujeição para que Deus possa ser tudo em todos. É nesse sentido que a filiação deixará de existir.
O Propósito Do Filho
Sendo o papel de Filho de Deus temporário, não eterno, por que escolheu  Deus manifestar-se através do Filho? Por que ele gerou o Filho? O propósito primário do Filho é ser nosso Salvador. A obra da salvação  exigia muitos papéis que só um ser humano  poderia cumprir, incluindo  os papéis de sacrifício, propiciação, substituto, parente-resgatador, reconciliador, mediador, advogado, sumo sacerdote, segundo  dão e exemplo. Esses termos se sobrepõem de muitas maneiras, mas cada um representa um aspecto importante da obra de salvação que, de acordo com o plano de Deus, poderia ser cumprida por um ser humano.
De acordo com o plano de Deus, era necessário que o sangue os derramado para remissão dos pecados do homem (Hebreus 9:22). O sangue de animais não removeria o pecado do  porque os animais são inferiores ao homem (Hebreus 10:4). Nenhum ser humano poderia resgatar o pecado de outro ser humano, porque todos pecaram e todos trouxeram para si mesmos a penalidade para morte (Romanos 3:23; 6:23). Apenas Deus era sem pecado, mas ele não tinha carne e sangue. Assim, Deus preparou um corpo  para Si mesmo (Hebreus 10:5), para que ele pudesse viver uma vida sem pecado na carne, que pudessem derramar sangue inocente para salvar a humanidade. Ele se tornou carne e sangue para poder, através da morte, vencer o mal e de bem-estar à humanidade (Hebreus 2:14 e 15). Desse modo, Cristo é nossa propiciação -- o modo pelo qual obtemos perdão, a satisfação da justiça de Deus, o apaziguamento da santa ira de Deus (Romanos 3:25. O sacrifício de Cristo é o meio pelo qual Deus perdoa nossos pecados sem comprometer sua justiça. Somos salvos, hoje, pelo sacrifício de Jesus Cristo -- pela oferta do Filho de Deus (Hebreus 10:20; João 3:16). Assim, o Filho é o sacrifício e a propiciação pelos nossos pecados).
 Quando Filho de Deus se tornou um sacrifício, ele se tornou, também, o nosso substituto. Ele morreu em nosso lugar, levou sobre se os nossos pecados, que pagou à pena de morte pelos nossos pecados (Isaías 53:5 e 6 ; I Pedro 2:24). Ele foi mais que um Marte; ele realmente tomou o nosso lugar. Ele provou a morte por todos os homens (Hebreus 2: 9). Naturalmente, a única maneira pela qual Jesus poderia ser nosso substituto e morrer em nosso lugar, seria através de sua vida em carne.
 O papel de Cristo como nosso parente-resgatador se torna possível através da filiação. No Velho Testamento, se um homem vendesse sua propriedade. Ou se vendesse como escravo, um parente próximo tinha o direito de  comprar de volta à propriedade daquele homem , ou de compra sua liberdade, em seu lugar (Leviticos 25:25; 47:49). Vindo em carne Jesus se tornou nosso irmão (Hebreus 2:11 e 12). Assim, ele qualificou se a si mesmo como nosso parente-resgatador. A Bíblia o descreve como nosso redentor (Romanos 3:24; Apocalipse 5:9) .
 Por sua humanidade, Jesus Cristo é capaz de mediar, quer dizer, ficar entre o homem e Deus, e representar o homem diante de Deus. Como mediador Jesus reconcilia o homem com Deus. Ele traz um homem de volta à comunhão com Deus (II Corintios 5:18-19). O abismo existente entre o Deus santo e o homem pecador encontrou uma ponte m sem pecado, Jesus Cristo: "Por quanto a um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, o homem" (1 Timóteo 2:5). Devemos observar com que cuidado Paulo manteve a unicidade de Deus, esse versículo. Não há distinção em Deus, mais uma distinção entre Deus e o homem Jesus Cristo. Não há duas personalidades em Deus a dualidade existe em Jesus como Deus e Jesus como homem. Não é o Deus  intermediário entre Deus e o homem; nem é "Deus Filho". É, antes, o homem Jesus que o mediador; somente um homem sem pecado poderá se aproximar de um Deus Santo, em favor da humanidade.
Estreitamente ligado com o papel de Cristo como mediador sendo papel de sumo sacerdote (Hebreus 2:16-18; 4:14-16). Em sua humanidade Jesus foi tentado como nós somos; e por causa de sua experiência humana que ele pode nos ajudar como um sacerdote chefe de compaixão. Ele penetrou o tabernáculo celestial, esteve atrás do véu, dentro do mais santo dos lugares e lá ofereceu seu próprio sangue (Hebreus 6:19; 9:11 e 12). Através de seu sacrifício de morte, nós temos acesso direto ao trono de Deus (Hebreus 4:16; 6:20). O filho é nosso sumo sacerdote, através de quem pode nos chegar, corajosamente, diante de Deus.
 Do mesmo modo, a filiação permite que Cristo seja nosso advogado, alguém chamado para nos ajudar (I João 2:1). Se pecarmos, mesmo após a conversão, temos  alguém que pedirá misericórdia, por nós, diante de Deus. É mais uma vez, o papel do filho que conseguE isso, porque, quando confessando os nossos pecados, o sangue de Cristo é aplicado sobre esses pecados tornando possível sua  defesa, em nosso favor.
Através de sua humanidade. Jesus é o segundo Adão (I Corintios 15:45-47). Ele veio para conquistar e condenar o pecado na carne, e para vencer a própria morte (Romanos 8:3; I Corintios 15: 55-57) ele veio como Homem para que pudesse recolocar Adão como representante da raça humana. Agindo assim, ele anulou todas as conseqüências  da queda de Adão, para todos aqueles que crêem nele (Romanos 5:12-21). Tudo aquilo que a humanidade perdeu por causa do pecado de Adão, Jesus contestou de volta, como o segundo Adão o novo representante da raça humana.
Há um outro aspecto da vitória de Cristo sobre o pecado na carne. Jesus não apenas feio na carne para morrer, mas, também, para nos dar o exemplo de uma vida vitoriosa, para que pudéssemos seguisse os passos (I Pedro 2:21). Ele nos mostrou como viver de modo a vencer o pecado na carne. Ele se tornou o Verbo de Deus interpretado em carne (João 1:1). Ele se tornou o Verbo vivo para que pudéssemos compreender claramente como Deus queria que fôssemos. Naturalmente, ele nos dá poder para seguir seu exemplo. Assim como somos reconciliados pela sua morte, somos salvos por sua vida (Romanos 5:10). Seu Espírito nos dá poder para viver a vida justa que Ele quer que vivamos (Atos 1:8; Romanos 8:4). O Filho não apenas apresenta o homem a Deus, como ele, também, apresenta Deus ao homem. Ele é um apóstolo, alguém escolhido por Deus e enviado por Deus com um propósito específico (Hebreus 3:1). Ele é um profeta, apresentando Deus ao homem e revelando a palavra de Deus ao homem (Atos: 3:20-23; Hebreus1: 1 e 2). Sua humanidade é crucial a esse respeito, por que Deus usou a humanidade do Filho para alcançar o homem, no nível do homem.
Além de proclamar a palavra de Deus, o Filho revelou o homem à natureza de Deus. Através do Filho, Deus comunicou seu grande amor pelo homem e demonstrou seu grande poder, de um modo que o homem pode entender. Como foi explicado nos  Capítulo 2 – A NATUREZA DE DEUS e Capítulo 3 – OS NOMES E TÍTULOS DE DEUS, Deus usou o nome de Jesus como a revelação culminante de sua natureza e a pessoa de Jesus como a culminação profética das teofanías do Velho Testamento. Esse propósito da filiação se expressa em muitos versículos das escrituras que ensinam a manifestação de Deus na carne. João 1:18 descreve esse propósito do filho: "Ninguém jamais viu a Deus o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou". Isaías profetizou que essa revelação aconteceria: "A glória do Senhor se manifestará, e da carne a verá" (Isaías 40:5). Paulo escreveu, que isso, realmente, aconteceu em Cristo: "Por que Deus que disse: das trevas resplandeça a luz -- ele mesmo resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo" (II Corintios 4:6). Em outras palavras, o Filho de Deus se tornou um meio pelo qual o Deus invisível e incompreensível se revelou ao homem.
Um  outro propósito do Filho é providenciar o cumprimento de muitas promessas do Velho Testamento, feitas a Abraão, e Isaque, Jacó, a nação de Israel e a Davi. Jesus Cristo cumprirá as promessas relativas aos descendentes desses homens, e ele fará isso durante o Reino do milênio na terra o (Apocalipse 20:4). Ele será, literalmente, o rei de Israel e de toda a terra (Zacarias 14:16 e 17; João 1:49). Deus prometeu a Davi que sua casa e trono seriam estabelecidos para sempre (II Samuel 7:16). Jesus cumprirá isso, literalmente, em si mesmo, da verdadeira linhagem de Davi, através de Maria. E sendo herdeiro do trono de Davi o seu pai legal José (Mateus 1).
 A filiação permite a Deus, também, a julgar o homem. Deus é justo e bom. Ele é, também, misericordioso. Em sua justiça e misericórdia ele resolveu não julgar o homem até que ele tivesse, realmente, experimentado todas as tentações e problemas da humanidade e até que tivesse demonstrado que é possível viver justamente na carne (com poder divino, naturalmente, mas com mesmo poder que ele tem colocado à nossa disposição). A bíblia afirma, especificamente, que o Pai não jogará ninguém; somente o Filho será um juiz (João 5:22 e 27). Deus jogará através de Jesus Cristo (Romanos 2:16). Em outras palavras, Deus (Jesus) julgará o mundo no papel daquele que viveu na carne, que venceu o pecado na carne, e que tornou possível que o mesmo poder vencedor estivesse disponível a toda a humanidade.
 Em resumo, ha muitos propósitos para o Filho. No plano de Deus o Filho era necessário para trazer a salvação ao mundo. Isso incluem os papéis de: 1) sacrifício, 2) substituto 3) parente-redentor, 4) e conciliador, 5) mediador, 6) sumos sacerdotes, 7) advogado, 8) segundo Adão, 9) exemplo de retidão. A filiação também tornou possível para Cristo ser: 10) apóstolo, 11) profeta, 12) revelador da natureza de Deus, 13) rei e 14) juiz. Todos esses papéis exigiam um ser humano para que fossem realizados; a partir deles vemos por ter deus vê o mundo, em carne, como Filho.
Após estudamos os propósitos da filiação, é fácil ver por que o Filho veio a  existir em um determinado instante do tempo, em vez de existir desde toda a eternidade. Deus simplesmente esperou a plenitude do tempo, quando todos esses propósitos poderiam, de modo melhor, serem postos em ação (Gálatas 4:4). Assim, o Filho não tinha existência substancial até o momento da concepção de Cristo, no ventre de Maria.
Após o reinado do milênio e do último julgamento, os propósitos da filiação estarão cumpridos e o reinado do Filho terá fim. Quando temos em vista o propósito do Filho, podemos entender que a filiação é temporária e não eterna: a Bíblia nos diz quando a filiação começou e quando o ministério da filiação acabará.
Para recordar e para obter maiores explicações sobre alguns conceitos a respeito do filho, podemos estudar Hebreus 1, que contém várias referências  interessantes a esse respeito. O versículo 3 descreve o Filho como brilho da glória de Deus e a imagem expressa de sua pessoa. A palavra hypostasis, traduzida como "Pessoa" na versão King James, significa substância, natureza ou ser. A NIV traduz o versículo 3, da seguinte maneira: "O Filho é a radiação da glória de Deus e a representação exata de seu ser". Numa passagem similar,Colossenses 1:15 diz que o filho é a imagem do Deus invisível. Vemos, outra vez, que o Filho é uma manifestação visível do Pai, em carne. O Filho é uma representação exata ou imagem de Deus, com toda a glória de Deus. Em outras palavras, o Deus invisível (Pai) se manifestou em carne visível, como o Filho, para que os homens pudessem contemplar a glória de Deus e pudessem entender como Deus realmente é
Hebreus 1 pode ser visto como uma reafirmação de João 1, passagem na qual lemos que Deus pai foi feito carne. Hebreus 1:2 diz que Deus nos falou através do Filho; João 1: 14 diz que o Verbo se fez carne, e João 1:18 afirma que o Filho revelou Deus o Pai. desses versículos compreendemos que o Filho não é distinto do Pai em personalidade, mas é o modo pelo qual o Pai revelou a Si mesmo ao homem.
O Filho e a Criação
Hebreus 1:2 afirma que Deus criou o universo através do Filho. Do mesmo modo,Colossenses  1:13-17 diz que todas as coisas foram criadas pelo Filho, e Efésios 3:9 diz que todas as coisas foram criadas por Jesus Cristo. O que significam criadas "Pelo Filho", uma vez que o Filho não tinham uma pré-existência substancial, antes da encarnação?
Naturalmente, sabemos que Jesus, como Deus, pré existiu a encarnação uma vez que a divindade de Jesus não é outro senão a do próprio Pai. Reconhecemos que Jesus (o Espírito divino de Jesus) é realmente o criador. Esses versículos descrevem o Espírito eterno que estava no Filho -- a divindade que mais tarde foi encarnada como o Filho -- como o criador. A humanidade de Jesus não poderia criar, mas Deus, que veio no Filho como Jesus Cristo, criou o mundo. Hebreus 1:10 declara que Jesus, como o Senhor, foi o criador.
Essas passagens das escrituras talvez tenham, ainda, um significado mais profundo: embora o Filho não existisse no tempo da criação, exceto como o Verbo na mente de Deus, Deus usou seu preconhecimento do Filho, quando criou o mundo. Sabemos que ele criou o mundo pela palavra de Deus (Hebreus 11:3 ele criou o mundo tendo em sua mente o conhecimento de seu plano para a encarnação de redenção na cruz. Talvez, com esses mesmo preconhecimento eles usassem a filiação para criar o mundo. Quer dizer, ele fundamentou toda a criação na futura vinda de Cristo. Como John Miller explica: embora ele não manifestasse sua humanidade até a plenitude do tempo, ainda assim ele a usou e agiu com ela, desde toda a eternidade". [16] Romanos 5:14 afirma que Adão três figurava aquele que havia de vir, a saber, Cristo; pois Deus, e evidentemente tinha o Filho em mente, quando criou Adão.
Sabemos que Deus não vive no tempo e que ele não é limitado pelo tempo como nós somos. Ele conhece o futuro com certeza e pode, com certeza, predeterminar um plano. Assim, ele pode exigir em um acontecimento futuro porque ele sabe o que vai acontecer. Ele pode ver coisas que não existem, como se existissem (Romanos 4:17). Assim foi o cordeiro sacrificado antes da criação do mundo (Apocalipse 13:8), e é por isso que o homem Jesus pode orar: "E agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo" (João 17:5). Embora Deus criar o homem para que o amasse e adorasse (Isaías 43:7; Apocalipse 4:11), o pecado do homem teria contrariado propósito de Deus na criação, não tivesse tido Deus o plano de restauração homem através do Filho. Deus previu a queda do homem, mas, não obstante, ele criou o homem uma vez que tinha predestinado o Filho e o futuro plano da redenção (Romanos 8:29-32). O plano a respeito do Filho estava na mente de Deus no momento da criação e era necessário para que a criação tivesse bom êxito. Portanto, ele criou o mundo através do Filho.
Sabemos que os versículos das escrituras que fala da criação pelo Filho não podem significar que o Filho existia substancialmente no momento da criação, como pessoa separada do Pai. O Velho Testamento proclama que um ser individual nos criou, e ele é Jeová, o Pai: "Não temos nós todos um mesmo pai? Não nos criou o mesmo Deus?" (Malaquias 2:10); "Assim diz o SENHOR, que te redime, o mesmo que formou desde o ventre materno: eu sou o SENHOR que faço todas as coisas, que sozinho estendi os céus, e sozinho espraiei a terra" (Isaías 44:24).
Jesus não foi crucificado, num sentido físico, antes da criação, o Filho não foi gerado antes da criação, e o homem Jesus não existia para ter glória, antes da criação. (nota: Jesus falou como homem, em João 17:5, porque por definição, Deus não ora nem tem necessidade de orar). Como pode abrir descrever todas essas coisas como existindo antes da criação? Elas existiam na mente de Deus como um plano futuro e predeterminado. Aparentemente, os versículos das escrituras, que fala de Deus criando o mundo pelo Filho, querem dizer que Deus usou e aproveitou seu futuro plano de filiação quando ele criou o mundo. Com certeza o plano para o Filho e para a redenção e existiu na mente de Deus, antes e durante a criação. (para maior esclarecimento do assunto, veja o tratamento que demos a Gênesis 1:26, no Capítulo 7 – EXPLICAÇÕES DO ANTIGO TESTAMENTO.)
Resumindo, podemos olhar a criação pelo Filho, de duas maneiras:
1) o próprio espírito de Deus, que mais tarde se encarnou como Filho, era o criador.
2) embora o filho não existisse fisicamente, Deus tinha o plano do Filho em sua mente, no momento da criação e. Ele confiou naquele plano -- ele confiou na filiação -- para cumprir seu propósito na criação, apesar de seu preconhecimento do pecado do homem.
 O Primogênito
Hebreus 1:6 chama o  Filho de primogênito. E isso não significa que o Filho foi o primeiro ser criado por Deus, nem mesmo que ele foi criado pois esse mesmo a versículo indica que a "genitura" ocorreu depois da criação dos anjos. Com certeza, o Filho não foi "Gerado eternamente", porque o versículo 5 descreve a genitura acontecendo a um determinado momento no tempo: "Tu és meu Filho, eu hoje te gerei". Portanto, em que o Filho é o "Primogênito"?
 O termo tem vários sentidos. Em um sentido da palavra, o Filho não era apenas o primeiro gerado como também o único gerado (João 3:16). Isso quer dizer, o Filho é a única pessoa, literalmente, concebida pelo Espírito Santo (Deus); seu nascimento de uma virgem tornou possível que a completa divindade e a completa humanidade se unissem em uma pessoa. Ainda mais, o Filho é o primogênito no sentido de que ele foi planejado na mente de Deus antes de qualquer outra coisa. Além disso, o Filho é o primogênito por ter sido o primeiro a conquistar o pecado e a morte. Ele é "O primogênito dos mortos" (Apocalipse 1:5), "O primogênito entre muitos irmãos" (Romanos 8:29) e "O primogênito de entre os mortos". (Colossenses 1:18). Todos esses versículos usam a mesma palavra grega Prototokos, como em Hebreus 1:6. Cristo era as primícias da ressurreição, uma vez que ele foi o primeiro a ser fisicamente ressuscitado e o primeiro a receber um corpo glorificado (I Corintios 15:20).
 Sendo Jesus Cristo o cabeça da igreja, que é chamada a "Igreja dos (pertencentes) primogênitos" (Hebreus 12:23), podemos interpretar a designação de Cristo como "O primogênito (prototokos) de toda a criação", em Colossenses 1:15, como significando primeiro nascido da família espiritual de Deus a ser escolhido de toda criação. Pela fé nele, podemos nos tornar filhos de Deus, pelo novo nascimento (Romano 8:14-17 de). Jesus é o autor e consumador de nossa fé (Hebreus 12:2 ), o capitão de nossa salvação (Hebreus 2:10), o apóstolo e o sumo sacerdote de nossa confissão (Hebreus 3:1), e nosso irmão (Hebreus 2:11 e 12). É em seu papel redentor que ele pode ser chamado de primogênito ou primeiro nascido entre muitos irmãos.
O título de Cristo, de primogênito, tem significado não apenas no sentido de primeiro em ordem, mas, também, de primeiro em poder, autoridade e primazia, assim como o irmão mais velho tem primazia entre seus irmãos. Enquanto aplicado a Cristo, primogênito não significa que ele foi o primeiro homem fisicamente nascido, mas que ele é o primeiro em autoridade. Esse é o significado I  Colossenses 1:15, quando diz que ele é "O primogênito de toda a criação", como vemos nos versículos subseqüentes. Os versículos 16-18 descrevem Jesus como criador de todas as coisas, o detentor de todo o poder e a cabeça da igreja. Em particular, o versículo 18 disse que ele é "O primogênito de entre os mortos, para em todas as cousas ter a primazia".
 Para resumir, Jesus é o primogênito ou o primeiro nascido, em vários sentido .1) Ele é o primeiro e único Filho gerado por Deus, pois foi concebido pelo Espírito Santo. 2) o plano da encarnação existia na mente de Deus desde o princípio, antes de qualquer outra coisa .3) que em sua humanidade, Jesus é o primeiro homem a conquistar o pecado e ele é, portanto, o primeiro nascido da família espiritual de Deus. 4) em sua humanidade, Jesus é o primeiro homem a vencer a morte e, assim, Ele é as primícias da ressurreição ou primogênito dos mortos.5) Jesus é a cabeça de toda a criação e a cabeça da igreja, portanto, Ele é o primogênito no sentido de ter primazia e autoridade sobre todas as coisas, assim como irmão mais velho, tradicionalmente, tem primazia entre seus irmãos. Os quatro primeiros pontos se referem a ser o primeiro em ordem, enquanto o quinto se refere a ser o primeiro em poder e grandeza.
 A designação de Cristo como o primogênito não significa que ele foi criado ou gerado por um outro Deus. Significa, antes, que como homem, Cristo é o primeiro e o mais velho dos irmãos, na família espiritual de Deus, em que Ele tem autoridade e poder sobre toda a criação.
 Hebreus 1:8-9
"Mas, acerca do Filho: o teu  trono, ó Deus, é para todo o sempre... Deus, o teu Deus, de ungiu com o óleo de alegria como a nenhum dos seus companheiros." a primeira parte desta passagem se refere claramente à divindade do Filho, enquanto a segunda parte se refere à humanidade do Filho. O escritor de Hebreus está citando uma passagem profética que encontramos no Salmo 45:6 e 7. Esse assunto não é sobre a Divindade, mas  uma afirmação profética inspirada por deus e tendo em vista a futura encarnação de Deus. Deus estava falando profeticamente, através do salmista, para se revelar num futuro papel.
Conclusão
Em conclusão, temos aprendido que o termo "Filho de Deus" se refere a encarnação, ou a manifestação de Deus com em carne. Deus planejou  o Filho   antes do começo do mundo, mas o Filho não teve real existência substancial até a plenitude do tempo. O Filho teve um começo  porque o Espírito de Deus gerou (concebeu) o Filho no ventre de Maria. O reinado do Filho terá um fim porque quando a igreja for apresentada a Deus e quando Satanás, o pecado e a morte, tiverem sido julgados e dominados, o papel do Filho cessará. O Filho cumpre muitos papéis que no plano de Deus poderiam ser cumpridos apenas por um ser humano sem pecados. Naturalmente, o definitivo propósito do Filho e providenciar os meios de salvação para a humanidade decaída.
 Concluímos três coisas a respeito do uso da expressão "Filho de Deus". 1) não podemos usá-la separadamente da humanidade de Cristo, porque ela se refere, sempre, a carne ou ao Espírito de Deus em carne.2) Filho é sempre usado com referência ao termo, porque a filiação teve um começo e terá um fim . 3) como Deus, Jesus tem todo o poder, mas como Filho ele era limitado em poder. Jesus era tanto o homem quanto Deus.
 A doutrina bíblica do Filho é uma verdade maravilhosa. Ela apresenta algumas idéias complexas, principalmente porque é difícil para a mente humana compreender  um ser que tenha uma natureza tanto humana quanto divina. Através do Filho, Deus apresenta vivida- mente sua natureza ao homem, particularmente seu amor incomparável.
A doutrina do Filho não ensina que Deus Pai amou o mundo de tal maneira que enviou outra pessoa, "Deus Filho", para morrer e reconciliar o mundo como Pai. Pelo contrário, ela ensina que Deus Pai amou o mundo de tal maneira que Se vestiu em carne e deu a Si mesmo, como Filho de Deus, para reconciliada consigo o mundo (II Corintios 5:19). O único Jeová de Deus, do Velho Testamento, o grande criador do universo, o humilhou-se a Si mesmo, na forma de um homem para que o homem pudesse vê-lo, compreendê-lo e se comunicar com ele. Ele fez um corpo para si mesmo, chamado Filho de Deus.
 Deus mesmo providenciou meios para redimir a humanidade. "Viu que não havia  ajuda dor algum e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor pelo que o seu próprio braço      lhe trouxe a salvação" (Isaías  59:16). Para seu próprio braço providenciou salvação . Uma compreensão correta do Filho tem, portanto, o efeito de engrandecer e glorifica o Pai. De seu papel como Filho, Jesus orou ao Pai: "Eu te glorifiquei na terra... manifestei o teu nome... eu lhes fiz conhecer o teu nome" (João 17 4,6 e 26.) O Pai revelou a Si mesmo ao mundo e reconciliou consigo mundo, através do Filho.       

Um comentário:

  1. O Novo Testamento não ensina o “TRITEÍSMO”, que é a crença em três deuses. Ele não ensina o “UNITARIANISMO”, que chega nega à divindade de “YESHUA”, o Filho, e do Espírito Santo. Não ensina o “MODALISMO”, que diz Deus aparece às vezes como o Pai, às vezes como o Filho e às vezes como o Espírito Santo, como um ator trocando máscaras.
    Luc. 23:46 ", em tuas mãos entrego o meu espírito". Jesus entregou o espírito a si mesmo? Se o Pai, no Filho era uma pessoa (com um espírito), que entregou o espírito de quem para quem?
    Qual seria a formula batismal aplicada por João Batista, a qual não foi aceita por Paulo (At 19:3-5) e sob a qual foi batizado inclusive Jesus Cristo?

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